Alguns jornalistas em especial do RN saíram menores no dia de hoje, tudo pela forma como trataram o estado de saúde do ex-presidente Jair Bolsonaro. Deixaram o jornalismo de lado e viraram radicais em busca da lacração, deixando os sentimentos mais perversos e nefastos sobressaírem.

O jornalismo, enquanto pilar da democracia, deve se pautar pela responsabilidade, imparcialidade e respeito à dignidade humana — mesmo diante de figuras públicas que geram fortes reações, como o ex-presidente Jair Bolsonaro. No entanto, alguns episódios envolvendo profissionais da imprensa revelam um preocupante desvio desses princípios, sobretudo quando se trata de manifestações que zombam do estado de saúde do ex-mandatário.
Fazer piada ou demonstrar escárnio diante de problemas de saúde de qualquer ser humano, independentemente de suas posições políticas, é mais do que uma afronta ética: é um sinal de desumanização. Quando jornalistas — profissionais que têm o poder de formar opinião e influenciar o debate público — se permitem esse tipo de comportamento, colocam em risco a credibilidade da imprensa e contribuem para a polarização tóxica que tanto afeta o país.
Criticar atos e decisões políticas faz parte do papel do jornalismo. Mas rir da dor ou sofrimento físico de alguém, mesmo que esse alguém tenha sido uma figura polêmica ou divisiva, é um erro grave que enfraquece o próprio discurso democrático que muitos desses jornalistas dizem defender. É uma inversão de valores que desumaniza o outro em nome de uma suposta “justiça poética”, quando na verdade apenas revela a falta de empatia e o desprezo pela ética profissional.
É preciso lembrar: a imprensa é forte não quando ataca com ironias desnecessárias, mas quando denuncia com fatos, com profundidade, com seriedade. Zombar da saúde de Bolsonaro não é sinal de coragem, nem de senso crítico — é apenas um reflexo do quanto o debate público tem se tornado refém das paixões e do ressentimento.