
Os maiores políticos fracassos da história tem algo muito em comum: A vaidade.
A vaidade, quando em excesso, é um veneno sutil que corrói a política por dentro. No início, pode parecer inofensiva – um político que deseja reconhecimento, que busca um legado. Mas, pouco a pouco, a sede de poder se sobrepõe ao compromisso com o povo, e o bem comum dá lugar ao culto à própria imagem.
O vaidoso na política não governa, ele encena. Suas ações são calculadas não para transformar a sociedade, mas para ampliar sua influência. Prefere discursos grandiosos a soluções concretas, monumentos a políticas públicas eficazes. Em sua obsessão por aplausos, ignora críticas, silencia opositores e cerca-se de bajuladores, afastando qualquer um que ameace sua narrativa de infalibilidade.
Esse tipo de vaidade leva à estagnação e ao retrocesso. Projetos importantes são adiados ou sabotados por disputa de egos, alianças são desfeitas por orgulho, e os recursos públicos são direcionados para autopromoção em vez de necessidades reais da população. A vaidade também abre portas para a corrupção – quando o desejo de se manter no poder supera qualquer compromisso ético, todo meio passa a ser justificável.
Ao longo da história, impérios ruíram, governos desmoronaram e democracias se enfraqueceram por conta da vaidade de seus líderes. O verdadeiro estadista é aquele que compreende sua função como passageira e serve à sociedade sem se tornar escravo do próprio reflexo. A política deve ser movida pela responsabilidade e não pelo desejo de glória pessoal. Afinal, o tempo é implacável, e a vaidade, cedo ou tarde, transforma reis em sombras esquecidas.