A hipocrisia de Allyson Bezerra: Do combate às oligarquias à “familiocracia” que tanto criticou

O prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (União Brasil), parece ter se perdido no próprio discurso. O jovem gestor que ganhou espaço político se apresentando como o antagonista das oligarquias que dominaram a cidade por décadas agora repete exatamente as práticas que dizia combater.

A movimentação nos bastidores é clara: Alysson articula a candidatura da esposa, Cinthia Pinheiro, para a Assembleia Legislativa em 2026. O problema é que, quando estava na oposição, esse tipo de projeto familiar era tachado por ele de “oligarquia”, “familiocracia” e “velha política”.

A mudança de postura revela um Allyson pragmático e contraditório. O prefeito que se dizia a voz da renovação agora joga com as mesmas cartas que sempre criticou, abrindo espaço para que a sua gestão seja comparada justamente àquelas que prometeu superar.

Em Mossoró, a leitura é inevitável: Alysson, ao tentar consolidar poder por meio da candidatura da esposa, mostra que, no fim das contas, não é tão diferente dos velhos caciques. A máscara da “nova política” começa a escorregar, e o discurso moralista de outrora se desfaz diante da prática real de quem, ao que tudo indica, quer fundar a sua própria oligarquia.

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