O Mal invisível nas repartições: a Síndrome do Pequeno Poder

Em muitas repartições públicas pelo Brasil, um problema silencioso vem minando o bom atendimento à população: a chamada síndrome do pequeno poder. Trata-se de um comportamento autoritário, muitas vezes disfarçado de burocracia, protagonizado por servidores que, ao assumirem cargos ou funções de pouca hierarquia, passam a agir com excessiva rigidez, arrogância e desprezo pelo cidadão.

Esse mal se manifesta em atitudes cotidianas: negativas sem explicação, atrasos deliberados, exigências desnecessárias, grosserias no atendimento e, em alguns casos, o uso do cargo como instrumento de humilhação. Em vez de promover o acesso ao serviço público, esse tipo de postura cria barreiras, afasta o cidadão e compromete a imagem de toda a instituição.

É importante destacar que a grande maioria dos servidores públicos atua com responsabilidade, empatia e profissionalismo. No entanto, a síndrome do pequeno poder precisa ser enfrentada com seriedade — seja com treinamento contínuo, fiscalização mais rigorosa ou mudança na cultura organizacional.

O serviço público deve existir para servir, não para submeter. E todo poder, por menor que seja, precisa vir acompanhado de humildade e compromisso com o bem comum.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *