O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu vetar o trecho da proposta aprovada pelo Congresso que previa o aumento do número de cadeiras na Câmara dos Deputados — uma mudança que impactaria diretamente a representatividade do Rio Grande do Norte em Brasília.
Com base nos dados do Censo Demográfico de 2022, a proposta previa ampliar o número total de deputados federais de 513 para até 553 parlamentares. Com isso, o Rio Grande do Norte ganharia duas novas cadeiras, passando de 8 para 10 deputados federais e de 24 para 30 deputados estaduais.
A decisão de Lula levou em consideração o impacto fiscal da medida e a rejeição popular ao aumento de gastos com o Legislativo. A equipe econômica do governo foi contra a ampliação, argumentando que isso implicaria em mais custos com salários, assessorias, estrutura e benefícios parlamentares.
O veto ainda será analisado pelo Congresso Nacional, que pode mantê-lo ou derrubá-lo — o que exigiria maioria absoluta nas duas Casas. No entanto, diante do clima de pressão por responsabilidade fiscal, há resistência até mesmo entre aliados do governo.
No Rio Grande do Norte, a medida foi recebida com frustração por lideranças políticas que viam na ampliação uma oportunidade de reforçar a presença e o peso do estado nas discussões nacionais. Com o veto, o RN permanece com suas atuais **8 cadeiras na Câmara e 24 deputados estaduais.
