Em defesa da ordem e da decência na Casa do Senhor
Como assembleiano raiz, membro da IEADERN desde 1999, me sinto no dever de expressar minha posição diante da recente polêmica envolvendo a fala do nosso Pastor Martim Alves da Silva sobre o chamado “reteté” nas igrejas evangélicas. Conheço de perto a caminhada da nossa igreja e o zelo que sempre tivemos pela sã doutrina e pela reverência na casa de Deus.

A Bíblia é clara: “Faça-se tudo com decência e com ordem” (1 Coríntios 14:40). Não se trata de apagar a chama do Espírito ou negar a liberdade que o Senhor nos concede no culto, mas sim de preservar o equilíbrio e o discernimento espiritual. A manifestação do Espírito Santo é real e poderosa, mas jamais será um espetáculo ou descontrole emocional disfarçado de espiritualidade. E é nesse ponto que acredito que o Pastor Martim foi direto e bíblico: ele não negou as manifestações espirituais, mas reafirmou a importância da ordem no culto, algo que nós, assembleianos, sempre valorizamos.
Quanto à fala do Pastor Alfredo, de Assú, não vejo como contradição ao que disse o Pastor Martim. Pelo contrário, em minha opinião, as duas mensagens podem sim convergir. Pastor Alfredo ressaltou a liberdade espiritual e o mover de Deus em nossos cultos, algo que todos nós reconhecemos como precioso. No entanto, isso não invalida a necessidade da decência, da prudência e do bom senso que o Pastor Martim defendeu. São perspectivas diferentes que podem — e devem — coexistir dentro de uma igreja equilibrada, bíblica e cheia do Espírito.
Infelizmente, muitos estão aproveitando esse momento para criar divisões ou distorcer as intenções por trás das palavras. Mas quem conhece a trajetória do Pastor Martim Alves da Silva sabe de seu compromisso com a Palavra e com a unidade do povo de Deus. Ele tem conduzido a IEADERN com firmeza, prudência e integridade — características que poucos conseguem sustentar por tanto tempo.
Portanto, como assembleiano que ama esta obra e tem compromisso com a verdade, deixo aqui meu apoio ao Pastor Martim. Que continuemos buscando a presença de Deus, com liberdade sim, mas com reverência, ordem e temor — porque tudo o que é feito na casa do Senhor deve glorificá-Lo, e não confundir ou escandalizar.