
Nos bastidores da política potiguar, o clima é de alerta em torno da deputada estadual Terezinha Maia. Fontes próximas ao seu grupo político indicam que a parlamentar atravessa um momento delicado, com sinais claros de desgaste e perda significativa de apoio em diversas regiões estratégicas — especialmente em Natal, grande vitrine eleitoral.
A crise, segundo aliados históricos, não surgiu por acaso. O que se comenta é que a deputada colhe agora os frutos de escolhas feitas no passado, especialmente nas últimas eleições, quando optou por apoiar nomes considerados controversos, como o ex-vereador Protásio, e a esposa do ex-vereador Dinarte. A decisão teria deixado de lado lideranças comunitárias que sempre estiveram ao lado dela — carregando sua campanha e sua imagem pelas periferias.
A acusação de ingratidão não é isolada. Várias lideranças de Natal e da Grande Natal relatam que, ao longo do mandato, a deputada ignorou aqueles que foram peças-chave para sua eleição. “Ela nunca nos ouviu, nunca sentou para conversar. Depois que ganhou, sumiu. Agora, quer voltar pedindo apoio como se nada tivesse acontecido”, desabafa, sob anonimato, uma liderança comunitária da zona Norte da capital.
Esse isolamento político tem cobrado caro. Em Natal, Terezinha está ausente dos principais eventos populares, justamente onde políticos em pré-campanha costumam marcar presença para manter visibilidade e laços com o eleitorado. A ausência tem chamado atenção — e não de forma positiva.
A situação se repete em outras cidades. Extremoz, Touros, Goianinha, Afonso Bezerra e até São Gonçalo do Amarante — cidade que simboliza seu início político —, mostram sinais de abandono de apoiadores. Em algumas delas, lideranças já estão sendo assediadas por nomes da oposição que prometem justamente aquilo que Terezinha teria deixado de cumprir: respeito, diálogo e compromisso.
“Tem muita liderança esperando para ver se ela realmente vai disputar ou se vai jogar a toalha”, comenta um analista político local.
Diante de tantos desafios, a grande pergunta que circula nos bastidores é: Terezinha Maia conseguirá reverter o cenário e garantir sua vaga na Assembleia em 2026? Até lá, a reconstrução política parece inevitável — mas pode ser tarde demais.