
Tem coisa mais chata do que esperar numa fila de repartição? Aquele monte de gente, papel pra todo lado, senha que não anda. Todo mundo com cara fechada, como se estivessem disputando quem teve o pior dia.
Aí, no meio disso tudo, aparece alguém que muda o clima. É o servidor que olha no olho, dá um “bom dia” de verdade, explica com calma, mesmo que tenha que repetir mil vezes. Parece pouco, mas faz uma diferença danada.
Teve uma vez que vi uma senhora, toda enrolada com os documentos, nervosa porque não entendia nada. O cara que atendeu podia muito bem ter feito o básico e pronto. Mas não. Ele foi paciente, ouviu com atenção, deu risada com ela, tratou com respeito. Quando ela saiu, tava sorrindo. E nem era pelo papel que conseguiu, era porque foi bem tratada.
No serviço público, gentileza não é extra, é essencial. As pessoas chegam ali cansadas, preocupadas, às vezes desesperadas. Um bom atendimento não resolve tudo, mas já alivia a carga. E quem tá do outro lado do balcão tem esse superpoder: pode deixar o dia de alguém melhor com um gesto simples.
Tratar bem não custa nada. Mas o retorno é enorme. E no fim das contas, é disso que a gente vai lembrar: de como foi tratado, e não de qual carimbo levou.