Natal, RN — Nos bastidores cada vez mais agitados da política potiguar, um nome começa a se destacar entre sussurros e articulações: Ezequiel. Sim, ele mesmo — presidente da Assembleia Legislativa, figura de peso na política estadual, e agora, segundo fontes próximas ao núcleo do Governo, o possível herdeiro político da governadora Fátima Bezerra para a sucessão em 2026.
Enquanto muitos olham para dentro do PT em busca de um sucessor, Fátima pode estar jogando xadrez com peças mais amplas: uma construção mais pragmática, mais ampla, e sobretudo, mais competitiva. E é aí que Ezequiel entra no tabuleiro. Seu nome agrada setores diversos: tem diálogo com a esquerda moderada, trânsito com o centrão e articulação com prefeitos de todas as regiões do RN — algo que nenhum outro nome da base possui com a mesma intensidade.
A especulação é de que Ezequiel possa representar uma “aliança progressista expandida”, em que Fátima Bezerra entrega seu legado não a um nome estritamente petista, mas a alguém que garanta a continuidade de projetos sociais, a estabilidade administrativa e, claro, a derrota da extrema-direita nas urnas. Em outras palavras: menos ideologia no palanque, mais governabilidade no horizonte.
Nos bastidores da Assembleia, os sorrisos contidos e os silêncios estratégicos dizem mais do que qualquer nota oficial. Ninguém confirma, mas também ninguém nega. E quando Fátima é questionada, o que se ouve é a clássica resposta: “Tudo a seu tempo”. Mas os sinais estão aí — e não faltam interlocutores garantindo que, se depender dela, o nome que irá para as ruas em 2026 com o selo de continuidade é o de Ezequiel.
Se essa aliança for concretizada, será um dos movimentos políticos mais ousados e calculados dos últimos tempos no estado. Ezequiel, que já demonstrou ser uma raposa na articulação, pode se tornar o novo rosto da continuidade — com o apoio da mulher que mudou o rumo da política potiguar.
A pergunta que ecoa nos corredores do poder é direta: será Ezequiel o candidato de Fátima? Ou o próximo governador do RN?