O clima dentro do grupo do presidente da Câmara Eriko é de total revolta. Todos acompanharam perplexos os desfechos políticos das últimas semanas, a ida do seu primo Jacó Jacome para ser vice de Carlos Eduardo revoltou quem conhece a fundo a história política do clã Jácome. Desde a eleição de vereador de Antônio Jacome em 1988 a escolha de Jacó em trair seu primo e até então amigo para ficar ao lado de seus algozes.

Para entender essa história é preciso voltar a 2021 quando o até então presidente da Câmara Paulinho Freire escolheu seu vice-presidente na eleição do segundo biênio 2023-2024. Naquela altura, existia a possibilidade clara de Paulinho ser candidato a federal, e a cadeira de vice estava disputada e prestigiada.

Paulinho escolheu Eriko, pela afinidade, companheirismo e correção, escolha que se mostrou acertada, tendo em vista os acordos cumpridos por Eriko depois que tomou posse na Presidência.

Naquela altura, ainda em 2022, Jacó e seu Pai o ex-deputado Antônio Jacome escolheram disputar eleição pelo PSD, depois de terem praticamente sacramentado a filiação ao União Brasil. Na época o presidente nacional da sigla Gilberto Kassab prometeu o envio de 6 milhões de fundo partidário, chegando apenas 500 mil para 37 candidatos da nominata de federal e estadual. Quem ajudou a bancar o resto da despesa? O sobrinho Eriko Jacome que teria discordado da escolha do primo e do tio em irem para o PSD.

O Kassab que traiu os Jacomes, deixando sua campanha na pindaíba, foi o mesmo que estava sendo abraçado e cortejado por Jacó em evento no último sábado.

Estamos em 2024, e eis que Paulinho assume sua pré-candidatura à Prefeitura com o apoio de Eriko, que recebeu a promessa de lhe apoiar em 2026 em alguma candidatura. Jacó e Antônio que por muito tempo foram ajudados financeiramente por Eriko, escolhe a abraçar quem justamente o traiu, deixando de lado toda correção que tinha do primo.

Jacó escolhe mais uma vez a covardia, o desrespeito com os acordos e agora vai para um palanque de alguém que não tem nenhuma confiabilidade, e que mostrou em uma frase de 2005 como trata seu companheiro de chapa, na célebre frase “Vice é vice”.

Em determinado momento ouvi a frase de alguém muito vivido na política potiguar, que acompanhou a história nos últimos 40 anos: “A palavra na política é fundamento principal, não existe meio termo, tem ou não tem”. Jacó se vendeu MAIS UMA VEZ na promessa de Kassab.

Com a promessa de reunir os evangélicos em torno da candidatura de Carlos, o ex-deputado enfrentará o grande desafio de não ter grupo político, além de ter que superar a desaprovação dos evangélicos para o nome do ex-prefeito Carlos Eduardo um ex-petista e bolsonarista arrependido.

Jacó pagou com traição a quem sempre lhe deu a mão.

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