
O Vale do Açu, no Rio Grande do Norte, pode se transformar em um modelo de desenvolvimento sustentável com a implementação do projeto Vale+Vivo. Iniciativa do mandato do vereador de Assu, Pedro Filho (PL), em parceria com o Instituto de Desenvolvimento Habitacional Canaã (IDEHAC), o projeto busca integrar agricultura sustentável, turismo e desenvolvimento social, formando uma base sólida para o crescimento regional equilibrado. A proposta será apresentada no próximo sábado (28), em evento que contará com a presença do senador e presidente estadual do PL, Rogério Marinho.
Pré-candidato a deputado federal, Pedro Filho acredita que o Vale+Vivo tem potencial para unir comunidades, instituições e recursos na busca por soluções para desafios como o êxodo rural, a baixa diversificação econômica e a desigualdade social, potencializando as riquezas naturais e produtivas da região – marcada pela forte produção de frutas, pelos grandes reservatórios de água e por sua diversidade cultural.
“Plantar o futuro é cultivar gente, cuidar da terra e valorizar o que é nosso. O Vale do Açu, com seu sol, água e história, floresce como território de prosperidade digna e respeito à natureza. Nosso projeto colocará a região de novo em local de destaque econômico e social”, disse o vereador Pedro Filho. A estimativa é de que o projeto beneficie cerca de 500 famílias, capacite 800 jovens e mulheres, aumente a renda familiar em até 30% e implante cinco rotas turísticas, gerando empregos e fortalecendo a economia local.
Estruturado em três eixos principais, o projeto promove a sustentação do homem no campo por meio de tecnologias sustentáveis, como hortas comunitárias agroecológicas, irrigação inteligente com energia solar e reúso de água, além do apoio a cooperativas e agroindústrias familiares para o beneficiamento de frutas, mel e queijos. Um selo regional de sustentabilidade — o “Vale+Vivo” — agregará valor aos produtos locais, incentivando a agricultura regenerativa e orgânica.
No eixo de turismo sustentável e cultural, serão criadas rotas integradas, como a Rota das Águas, Rota do Melão e Rota das Artes do Sertão, com estruturação de pousadas rurais, fazendas pedagógicas, trilhas ecológicas na caatinga e festivais gastronômicos que destacam a identidade local, em parceria com guias comunitários e instituições de ensino superior.
O terceiro eixo volta-se ao desenvolvimento social e à educação, com a criação de centros comunitários multipropósito voltados à educação ambiental, ao artesanato e à cultura; programas de capacitação técnica em agroecologia, empreendedorismo e energias renováveis, em parceria com o IFRN, o Sebrae e o Senar; além de iniciativas para o empoderamento de jovens e mulheres rurais, incluindo startups e ações de saúde preventiva.
O orçamento estimado para viabilizar a iniciativa é de R$ 5,2 milhões, abrangendo ações de capacitação, infraestrutura sustentável e gestão. Os recursos poderão vir de fontes como o governo federal (MAPA e MDA), além do BNDES, Banco do Nordeste, fundos internacionais (BID e PNUD), e parcerias com universidades (UERN, IFRN, UFERSA) e empresas do setor produtivo e do agronegócio sustentável.