Era uma vez a história de uma assessora parlamentar que, ao longo de muitos anos, acreditou que poderia transformar uma relação informal com um político em um compromisso real. Ela se dedicou ao parlamentar de todas as formas possíveis: esteve ao lado dele nas agendas, nos bastidores, nas viagens e nas articulações, sempre acreditando que aquela proximidade abriria espaço para algo maior.
O político, de fato, manteve um relacionamento com ela. Porém, segundo pessoas próximas, jamais demonstrou qualquer intenção de trocar sua família pela assessora. O vínculo permanecia sempre no campo privado, sem reconhecimento e sem perspectivas de evolução.
Com o passar dos anos, a assessora viu sua vida pessoal ser marcada por expectativas frustradas. Não conseguiu constituir família nem levar adiante planos que sempre sonhou. Amigos relatam que ela percebeu ter vivido anos em uma relação desigual, que a desgastou emocionalmente e atrasou seu próprio projeto de vida.
Agora, após duas décadas envolvida nesse ciclo, ela decidiu encerrar o relacionamento e tentar recuperar o tempo perdido. Como diria Marília Mendonça, “a outra sempre vai ser a outra”, e foi essa consciência tardia que finalmente a fez virar a página.
Depois de 20 anos, ela tenta reescrever sua própria história — longe das sombras do poder e em busca de uma vida que, por muito tempo, deixou de existir.
Este texto é apenas um conto, qualquer semelhança é mera coincidência.