
Nos bastidores da Câmara Municipal de Natal, cresce a expectativa para o julgamento do pedido de cassação da vereadora Brisa Bracchi. E, embora cada voto seja importante, um nome desponta como o voto de Minerva, aquele que pode definir todo o resultado: o vereador Cláudio Custódio.
Hoje, comenta-se abertamente entre vereadores e assessores que o voto de Cláudio será o mais decisivo. Não apenas pela matemática do plenário, mas pelo contexto político que o envolve — um contexto que o coloca no centro de uma disputa entre lealdade política e fidelidade ao eleitorado.
Entre o eleitorado conservador e o grupo político
Cláudio Custódio tem uma base eleitoral formada majoritariamente por eleitores conservadores, de direita, de perfil urbano e de classe média — um público que, em sua maioria, defende a cassação de Brisa Bracchi e vê o vereador como alguém alinhado a esses valores.
Por outro lado, Cláudio integra atualmente o grupo político da deputada estadual Eudiane Macedo, figura influente na Assembleia Legislativa. E, dentro desse grupo, pesa um elemento crucial: o esposo de Eudiane, liderança política de grande articulação, já indicou que votará pela continuidade do mandato de Brisa.
Esse movimento gerou surpresa e abriu uma disputa silenciosa sobre que lado Cláudio deverá seguir no dia do julgamento.
O dilema de Cláudio Custódio
Assim, a pergunta que domina os bastidores é inevitável:
A quem Cláudio será fiel?
Ao eleitorado conservador, que sustenta sua trajetória política?
Ou ao grupo de Eudiane Macedo, que lhe oferece estrutura, articulação e projeção?
Há quem diga que o voto de Cláudio será “a jogada final” do processo. Uma decisão que, seja qual for, terá impactos imediatos no seu futuro político — aproximando-o ainda mais de sua base ou reforçando (ou tensionando) sua permanência no grupo de Eudiane.
O voto que define o destino
Enquanto o plenário se prepara para um dos julgamentos mais acalorados da legislatura, uma certeza se destaca:
O voto de Cláudio Custódio será mais do que um voto — será um sinal político.
E a dúvida que paira no ar continua sem resposta:
Cláudio atenderá à voz dos seus eleitores ou seguirá o compasso do seu grupo político?