O projeto político do prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (União Brasil), que até pouco tempo era tratado como uma das possíveis novidades na disputa pelo Governo do Estado, começa a dar sinais de desgaste e perda de fôlego.
Fontes próximas ao próprio grupo político admitem que o entusiasmo inicial deu lugar à cautela. A falta de alianças sólidas, o isolamento dentro do próprio partido e a dificuldade em expandir sua influência para além da região Oeste têm feito a “candidatura de Allyson ao governo subir no telhado”.
As pesquisas recentes também reforçam esse cenário: os levantamentos mostram queda nas intenções de voto do prefeito mossoroense, indicando que o eleitorado estadual começa a demonstrar resistência à sua candidatura. O que antes era visto como uma ascensão meteórica agora parece encontrar um teto mais baixo do que o esperado.
Além disso, o comportamento do prefeito — marcado por decisões centralizadoras e pela ruptura com antigos aliados — tem gerado ruídos tanto entre lideranças locais quanto em setores empresariais que antes o viam como uma alternativa viável ao atual cenário político estadual.
Em Natal, o comentário é de que Allyson enfrenta o mesmo problema que muitos gestores municipais que tentam “pular etapas”: boa aprovação local, mas sem estrutura política suficiente para transformar popularidade em votos estaduais.
Enquanto isso, outros nomes do União Brasil e de partidos aliados já começam a se movimentar nos bastidores, avaliando novas composições e, em alguns casos, apostando que Allyson pode acabar se contentando em tentar a reeleição em Mossoró.
No jogo político potiguar, parece que o “projeto Governo 2026” de Allyson Bezerra está com o telhado aberto e sujeito à chuva.