Lula define Jorge Messias para o STF em aceno à comunidade evangélica e com nome de sua confiança

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva bateu o martelo e escolheu o advogado-geral da União, Jorge Messias, para ocupar a vaga aberta no Supremo Tribunal Federal (STF). A decisão é vista como um movimento político calculado: além de premiar um aliado de extrema confiança, Lula faz um gesto simbólico à comunidade evangélica, já que Messias é declarado cristão e mantém bom trânsito entre lideranças religiosas.

A indicação de Messias encerra semanas de especulação em torno de possíveis nomes e reforça o perfil técnico e discreto que Lula tem buscado para a Corte. Atual chefe da AGU, ele ganhou projeção nacional durante o governo Dilma Rousseff e foi mantido por Lula no cargo pela sua lealdade, perfil conciliador e sólida formação jurídica.

Nos bastidores, assessores do Planalto afirmam que o presidente também levou em conta o fato de Messias ser visto como uma ponte entre o governo e o eleitorado evangélico, grupo com o qual o PT tenta reconstruir diálogo após as eleições de 2022.

A escolha será enviada ao Senado, onde Messias deverá passar por sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). O Planalto acredita que ele deve ter aprovação tranquila, já que mantém boa relação com parlamentares de diferentes espectros políticos.

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