Um pré-candidato a deputado federal do interior do Rio Grande do Norte já começa a sentir na pele o peso do jogo político antecipado — e, ao que tudo indica, com sérios riscos de estar sendo enganado. Fontes relatam que o postulante, empolgado com a pré-campanha, estaria montando uma folha de pagamento para supostas lideranças comunitárias, mas acabou caindo nas mãos de figuras conhecidas na região pelo histórico de prometer votos que nunca chegam às urnas.
O movimento chama atenção porque, além de ser precoce, revela a ansiedade de um candidato inexperiente que estaria “queimando a largada”. O repasse de recursos para lideranças sem comprovação de base real costuma ser um dos maiores erros de quem entra no jogo político sem um grupo estruturado. Pior: já circula a informação de que parte do dinheiro colocado na “folha” estaria sendo usado de forma duvidosa, beneficiando apenas quem articula os acordos, sem garantia de retorno eleitoral.
No meio político, há quem veja nessa situação um prenúncio de fracasso: candidato que gasta antes do tempo, com gente errada, tende a chegar fraco no momento decisivo. Por outro lado, há quem aposte que a experiência pode servir de aprendizado, forçando o estreante a revisar sua estratégia e se cercar de aliados de verdade.
O fato é que, em um cenário de disputa acirrada e exigindo cada vez mais profissionalismo, cair em conversas de “liderança picareta” pode custar caro. O candidato, se não reagir, corre o risco de se tornar mais uma história de promessa eleitoral enterrada no interior potiguar antes mesmo de o jogo começar.