
A acessibilidade no transporte alternativo da Grande Natal é um problema que passa despercebido por muitos, mas não por quem depende dele. Um dos micro-ônibus que opera a linha B1, que liga Parnamirim a Natal, teve a roleta instalada de forma a impedir o funcionamento do elevador. O espaço que deveria garantir a inclusão foi transformado em uma barreira intransponível. O veículo também não tem o espaço para o cadeirante, pois tem bancos no espaço.
A falta de compromisso com a mobilidade de pessoas com deficiência é evidente. Apesar de a legislação exigir acessibilidade no transporte público, aparentemente muitos veículos adaptados são modificados para atender a um modelo que prioriza a arrecadação e ignora a necessidade dos passageiros.
Na prática, se trata de um direito básico negado. Se a frota já é insuficiente para a demanda, o mínimo que se espera é que os veículos estejam em condições de atender a todos. Mas o que se vê é um sistema que exclui os que mais precisam. Fica a pergunta: até quando o transporte público da Grande Natal seguirá ignorando as necessidades dos seus passageiros? Com a palavra, os donos dos alternativos e o DER.